Webinar: “Desconstruir paradigmas na aplicação dos regulamentos RDA nas unidades de informação”

10 de junho de 2020

Neste espaço fomos acompanhados pela Professora Rosario Valencia, nossa CEO da OpenSky Information; onde com a sua vasta experiência na área da biblioteconomia e catalogação de recursos bibliográficos, nos permitiu saber com mais clareza como entender e aplicar os novos regulamentos da RDA nas Unidades de Informação.

Para entender o assunto é importante ter clareza sobre o significado dos conceitos (desconstruir, paradigmas e RDA):

Desconstruir: refere-se à desmontagem de um conceito por meio de uma análise que pode mostrar ambiguidades e contradições. Significa deixar para trás um conceito que antes era usado, mas que hoje mudou e evoluiu.
Paradigmas: é um tipo de teoria que serve de modelo para resolver determinados problemas ou situações. Ou mais comumente é um modelo a seguir, levando em conta conceitos, pessoas, teorias, ideias, etc.
RDA: é o novo regulamento de catalogação que substituiu o RCAA2. Além de implementar os códigos de catalogação anteriores, executa diretrizes para catalogar recursos digitais, a fim de satisfazer as necessidades dos usuários.

Cada conceito nos permite construir o significado de catalogação, porém cada aluno ou profissional da área deve ter claro o que é catalogação; Podemos relembrar sua definição com um conceito fornecido pela professora argentina Graciela Spedalieri quando afirma que: “A catalogação é o processo pelo qual se descreve um recurso bibliográfico, identifica-se a(s) obra(s) que contém e quais os elementos das obras constituirão os pontos de acesso em um catálogo”.

Por outro lado, a definição de RDA não é dada por Paula Andrea Picco Gómez, que explica que são processos de descrição de diferentes entidades que compõem os recursos bibliográficos e identificar cada um deles é essencial (a obra, sua expressão, o item, etc.) são palavras que fazem parte de um modelo conceitual denominado FRBR. Por outro lado, é importante destacar as semelhanças e diferenças existentes entre as regras de catalogação Anglo-American 2 (RCAA2) e RDA.

Para o RDA, o conteúdo é mais importante do que como ele é visto quando distribuído aos usuários.
No RDA esquecemos os 3 níveis de descrição, elemento central e elemento opcional são implementados, somente se as políticas de cada biblioteca permitirem.
A política de uma unidade de informação estará sempre acima da norma, mas isso não significa que seja mais importante. Os RDAs são mais flexíveis em seu gerenciamento ao contrário do RCAA2.
Com o RDA é possível recuperar mais de uma autoria por obra, a regra de 3 no RCAA2 desaparece com as novas regulamentações internacionais em vigor.

As abreviaturas com o regulamento RCAA2 não foram fáceis de identificar seu significado, mas com RDA fica mais fácil para o usuário entender quando não encontra local de publicação, editora, data, páginas, volumes e entre outros. Por outro lado, elimina-se também a designação geral do material (DGM) e implementam-se novos tags MARC21, tais como: Tipo de conteúdo (Tag 336), tipo de suporte (Tag 337) e tipo de recipiente ou suporte (Tag 338); cada uma dessas etiquetas complementa o 007 que se chama informação e campos fixos da descrição.

Em conclusão, se realiza um projeto faseado de aplicação bibliográfica, a catalogação com o atual regulamento RDA pode ajudá-lo a ser mais prático e seria importante implementá-lo em cada uma das Unidades de Informação para conseguir mudanças significativas nos processos de catalogação e antecipar o mudanças como país, embora na verdade a RDA tenha surgido desde 2010, ainda há muito desconhecimento na sua aplicação e devemos como bibliotecários e profissionais da informação pensar no usuário e no acesso à informação, torná-la mais fácil e de qualidade; Por isso, convidamos você a fazer essa mudança e, se você não conhece muito sobre o assunto, pode entrar em contato com OpenSky Information e com a professora Rosario Valencia, responsável por ministrar cursos sobre esse importante tema.